quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Declamação do Poema ||


Senzala Negro

Havia gemidos na ala escura da fazenda.

Através da fenda mais obscura via-se a dor
E, para aqueles que ali ficavam
Só restava o clamor.
Não tinham renda,
Muito menos direito ao amor.
Não pensavam que tinha alma
O negro do tabor
Pois muitos acreditavam ser maldição a sua cor.



No pelourinho, deitado na palha sobre o duro chão

Dormia o escravo naquele pesadelo sem compaixão.
Sentia no madeiro seu holocausto.
Exausto, apenas servia ao seu senhor.


Um dia, homens de bem,

Outrora comovidos por verem tamanha aberração
Na escravidão, um ato tão maldito
Lutaram com afinco até o fim desta cruel situação.


Disseram bênção o homem da pele escura

E a senzala não se valeu,
Doeu! Mas como na vida tudo passa
Chegou ao fim a escravidão.
O mundo estava errado,
O negro tem valor...
Carrega no sangue, sua alma
Que pulsa firme no coração,
E esta vida que nos carrega
Com liberdade aponta uma boa direção.


Deixemos para trás a senzala:

Aquela foi a história em outra dimensão.

(Declamação Professora Nadir Isabel)

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